sex, 02/04/10por Manoel Fogareiro categoria Copa do Brasil 2010
Fala, Manoel! No dia dos políticos, em pleno 1º de abril, no dia internacional da mentira, o Botafogo promoveu um papelão daqueles que se contar todo mundo duvida. Mas, devo confessar uma coisa: pela data emblemática, na noite de ontem, eu voltei do Niltão pra casa analisando o que significa o conceito “mentira”, no futebol. Sabe o que eu concluí, Zé? Pelo menos nessa situação do Botafogo, mentira não se entende por esconder a verdade. Mentira é se enganar com o que acontece. Isso é mentira (de verdade). Mentira é acreditar que o Eduardo merece mais chances em General Severiano. Mentira é confiar no Antônio Carlos para proteger alguma coisa. Mentira é achar que o Fahel é jogador de futebol. Mentira é trancar o time com mil zagueiros e volantes e não ter nenhum meio-campo pra sair jogando. Mentira é insistir com o futebolzinho promíscuo do Lúcio Flávio. Mentira é achar que ganhar de boa vista, resende e afins, capacita um time para alguma outra disputa. MENTIRA! Infelizmente, com muito pesar, finalizei que esse grupo do Botafogo é um time de mentira. E nós, no calor da paixão das arquibancadas, nos deixamos embalar por essas falácias. Algo plenamente compreensível. Afinal, estamos no nosso papel.
Na Copa do Brasil, o vexame se deu pelo segundo ano consecutivo: novamente, saímos precocemente da luta pelo título. Foi assim com o americano, ano passado, e agora se repetiu com o santinha. Olhando os fatos de uma forma mais fria, essa eliminação não foi tão surpreendente assim, pois na primeira fase já tínhamos passado um veneno contra o campeão da série D do Brasil, o são raimundo. Em seguida, contra um time que nem classificação na última divisão do país possui, o Botafogo dançou. E dançou feio. Pensei em escrever hoje algo do tipo “Vamos levantar a cabeça”, “Bola pra frente”, mas uma pequenina dose de sanidade que ainda me resta, me impediu de fazê-lo. Essa penca de jogadores não tem que levantar a cabeça para os próximos confrontos. Eles têm que lavar a cara com a fonte da vergonha e saber que, pelo menos o título Carioca, virou uma dívida exigente com uma torcida que não merece, nem de perto, muitos que ali estão.
No segundo tempo, a verdade veio à tona. Mesmo com o Caio entrando no lugar do câncer Eduardo, o time do Fogão continuou muito mal e o Joel deve ter esquecido que não estava em mais um jogo do Carioca. Da arquibancada, desesperadamente, eu gritava que não teria aquele esperado tempo técnico, pois o Joel costuma só substituir alguém, depois da parada exclusiva do Estadual. Ele demorou pra botar o Edno e o principal: para tirar o Lúcio Lento Flávio. Resultado: os caras fizeram 1X2, em mais uma falha do Jefferson (mas se tem uma coisa que não dá pra fazer é culpar o goleiro). No fim, o Herrera achou um golaço, com um canudo no ângulo, que parecia nos colocar na próxima fase. Disse bem, parecia. O 2X2 durou muito pouco porque, nos acréscimos, os caras deram o tiro derradeiro. 2X3 e não tem desculpa para o que aconteceu. O Botafogo não entrou para se superar e decidir um jogo que pedia essa postura. Como eu disse: o Título Carioca agora é obrigação. É o mínimo que esse conjunto sem alma pode nos entregar antes de se desfazer. Porque, no Brasileirão, precisamos de um Botafogo totalmente renovado. Ouviram? O Carioca é uma dívida deles conosco. Abraço, manoel!
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