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Jefferson curte idolatria e revela dica valiosa para alvinegros superarem Bruno
Além de defender o pênalti de Adriano, goleiro informou a Herrera e Loco Abreu os segredos do camisa 1 rubro-negro: 'Era bater no meio'
Thiago Lavinas Rio de Janeiro
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O rosto não esconde o cansaço das poucas horas de sono. Nem a alegria da comemoração. Jefferson não consegue parar de sorrir. Um dos heróis do título alvinegro curte os momentos de glória. Nesta segunda-feira, é difícil o goleiro andar sem escutar um pedido de foto ou deixar de autografar uma camisa. Afinal, o "Homem de Gelo" defendeu um pênalti cobrado por Adriano aos 32 minutos do segundo tempo e garantiu a vitória por 2 a 1 sobre o Flamengo.

Mas a participação de Jefferson no fim do trauma nas decisões contra o Rubro-Negro não para por aí. O goleiro também deu valiosas dicas aos companheiros para superar outra muralha: Bruno. Conhecido por ser um carrasco do Botafogo nas penalidades, o rubro-negro praticamente nem saiu nas fotos nas cobranças de Herrera e Loco Abreu.

- O jeito de o Bruno defender pênalti foi muito comentado entre a gente. Sabíamos que ele era um grande pegador, mas também sabíamos que ele saia antes. O Bruno não espera o cobrador bater na bola. Ele sempre pula no momento em que o jogador abaixa a cabeça para chutar a bola. Por isso, o segredo era bater no meio. É difícil um goleiro ficar parado. A gente deu umas dicas - revelou Jefferson.


Jefferson autografa a camisa de um torcedor alvinegro nesta segunda-feira
O goleiro alvinegro só não esperava que Loco Abreu cobrasse o segundo pênalti com tanta ousadia. Os longos dois segundos do toque sutil, com a bola beijando carinhosamente o travessão antes de entrar no gol, deixaram o "Homem de Gelo" perto de um ataque de nervos do outro lado do gramado do Maracanã.

- Ele quase me matou do coração. Nossa... Ele é maluco, maluco. É muita frieza (risos). Se o Bruno tivesse esperado no meio e defendido os pênaltis do Abreu e do Herrera, eles teriam batido mal. E se eu tivesse pulado para o outro lado, o Adriano teria batido bem. Por isso, na minha opinião, é fundamental esperar a batida para ir na bola.Jefferson só foi conseguir dormir depois das três horas da madrugada. Antes, viu algumas vezes os melhores momentos da partida. E lembrou da hora decisiva em que ficou frente a frente com Adriano.

Thiago Lavinas/GLOBOESPORTE.COM
Jefferson curte a segunda-feira de herói
- Não fiquei pensando no passado, no peso que tinha aquele jogo contra o Flamengo. Na hora não pensei na torcida, nas últimas três finais que perdemos. Pensei só no pênalti. Mantive a frieza, a calma. Passou um filme rápido na minha cabeça, onde ele gostava mais de bater. Sabia que ele cobrava mais no lado esquerdo, mas também tinha na cabeça que precisava esperar até o último momento antes de sair, porque senão ele poderia mudar de lado. Esperei ao máximo e praticamente o forcei bater na esquerda.

Os últimos quatro pênaltis marcados contra o Botafogo não se transformaram em gols. Jefferson defendeu três e um outro cobrado por Fred, do Fluminense, explodiu no travessão. Tudo em um intervalo de apenas um mês. O goleiro alvinegro comemora a boa fase. - Quando eu era mais jovem eu pegava muitos pênaltis. Na Turquia também foi assim. Mas quando voltei ao Botafogo não estava dando sorte. No ano passado, em vários, as bolas batiam na minha mão e entravam. Ainda bem que isso mudou na hora decisiva - disse.


Jefferson não estava nas derrotas para o Flamengo nas finais do Campeonato Carioca de 2007, 2008 e 2009. Mas sentia na pele a expectativa dos torcedores alvinegros. Por isso, a explosão de alegria na comemoração do título.

- Teve um torcedor que me deu uma gravata e quase me matou durante a comemoração. Foi forte, ele me enforcou mesmo e não me largava (risos). Mas o torcedor tem que comemorar assim mesmo. Colocar para fora tudo o que guardou neste últimos três anos. O Botafogo merece muito esse título. A responsabilidade que a gente tinha era muito grande. Todo mundo já falava que seríamos vice de novo.

O goleiro também fez questão de elogiar o trabalho do técnico Joel Santana. Ele assumiu o time em um momento complicado, de pressão, após a goleada por 6 a 0 para o Vasco na terceira rodada do Campeonato Carioca. E conseguiu arrumar a casa e devolver a confiança ao elenco.

- Ele resgatou a nossa estima e a nossa confiança após aquela goleada que sofremos do Vasco. Ele foi muito importante nesta conquista. O Joel falou para a gente que era um jogo de vida ou morte. Entramos em campo sabendo que era o nosso momento.

E a torcida alvinegra não precisa se preocupar. O ídolo está muito perto de renovar o contrato por mais dois anos. Com isso, Jefferson vai ficar no clube até o final de 2012. No total, ele acumula até agora 122 partidas pelo Botafogo. Durante os quatro anos em que esteve no futebol turco, o Botafogo teve oito goleiros diferentes, mas sem nenhum se firmar na posição: Max, Lopes, Júlio César, Marcos Leandro, Roger Noronha, Renan, Castillo e Flávio.

- Conversei com o presidente que não queria resolver isso antes do fim do Carioca. Mas está tudo muito adiantado. Está praticamente certo.

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