ter, 30/03/10por Manoel Fogareiro categoria Carioca 2010
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Não tenho dúvidas de que o acreano mais carioca de todos os tempos continuará pulsante, pra sempre, em cada um dos seus Gloriosos parágrafos escritos com toda a excelência que lhe era peculiar. E esse legado ninguém jamais calará. Muito menos o seu amor incondicional pelo Botafogo de Futebol e Regatas. Nossa gratidão será a sua insistente lembrança. A religião Botafoguense perdeu mais um dos seus grandes apóstolos. Olhai por nós, Mestre. Não tenho a menor pretensão de rabiscar algumas linhas poéticas, algo que o já saudoso Armando fazia como ninguém. Apenas quero registrar aqui um até logo emocionado, uma singela homenagem de um aprendiz que sempre o terá como referência. Armando Nogueira: o maior escritor Botafoguense que se teve notícia. Descanse em paz. E, sempre que puder, continue intercedendo pelo nosso Botafogo. Time que me orgulha ainda mais por fascinar pessoas como o senhor. E, esteja certo, de que também hás de ser nosso imenso prazer.
É, Manoel, para nós, simples mortais, a vida continua. E mal suspiramos a desnecessária perda, já tivemos mais uma partida do Botafogo. Aliás, o jogo de ontem não foi adiado por acaso. A troca de datas foi mais uma estratégia dos deuses do futebol, para que o nosso Glorioso Armando Nogueira assistisse à vitória de um lugar privilegiadíssimo. E ele se deliciou, pois o Fogão jogou certinho, bem postado o tempo todo, com seriedade e até com alguns lampejos de brilhantismo. Tudo em prol do grande poeta. Em São Januário, se deu mais um jogo-treino, onde a nossa equipe confirmou a postura de brigadora. Agora temos que consolidar essa armação até o fim. O grupo todo se entregou mais uma vez, mesmo contra um adversário muito fraco: o boa vista. Desde o goleiro Jefferson (quanta solidez e segurança pra um cara só) até o Edno (último a entrar no 2º tempo), todos correram e lutaram muito pelos três pontos. O espírito está absorvido. Esse é o caminho pra taça. E precisamos de só mais um caneco, para confirmar a superioridade aqui no Rio e dedicar esse título todinho ao Mestre que nos deixou ontem.
Por razões óbvias, entramos em campo de luto (com aquela camisa preta que é lindíssima) e o jogo teve um nome de grande destaque: Loco Abreu. Ele Abreu…ops, desculpa… Ele abriu o placar logo no 1º tempo. Depois de uma bola mal batida pelo Somália, a redonda sobrou pro uruguaio marcar com frieza. 1X0 tranquilo. Antes do intervalo, ele também perdeu um gol claro, mas isso não tira o mérito de um atacante que fez outros dois e ainda deu o passe açucarado para fecharmos a fatura. Manoel, um ponto: o Somália tem me chamado a atenção. Sujeito lúcido, que joga de cabeça erguida, com passadas largas e que contribui muito pro time. Acho que o Joel, meio sem querer, encontrou o lateral-direito que tanto procuramos.
No 2º tempo, a supremacia Alvinegra foi muito maior. Com a entrada do Caio e a manutenção da vontade do Herrera, a goleada começou a se desenhar melhor. Por sinal, foi numa roubada de bola do argentino, que a “pelotita” encontrou o Loco Abreu, que virou a tendência da jogada e deixou o Marcelo Cordeiro com um corredor livre até o gol. De frente pra meta, o nosso lateral esquerdo teve seu momento de Enciclopédia e encobriu o goleiro. 2X0 num golaço. Pra completar, o uruguaio marcou outras duas vezes: escorando um cruzamento e cobrando pênalti. O gol deles, no apagar das luzes, não diminuiu a nossa sonora goleada. 4X1 pro Fogão. Já estamos nas semifinais e vamos ganhar. Venha quem vier. Quinta-feira passaremos novamente pelo santinha, na Copa do Brasil. Será véspera de feriado e temos todos os motivos para prestigiarmos o Fogão. Me encontre por lá. Abraço, Manoel!
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